Sigo na estrada da vida.
Observo o horizonte,
Não vejo o rumo que meu caminho tomará.
Carrego uma bagagem que já se mostra volumosa.
Junto a mim, muitos viajantes.
Alguns cruzam meu caminho,
Procuram algo que em minha bagagem
Trocam itens que os completam
Me ofertam coisas que ainda não possuo
E seguem adiante, em outra direção.
Outros, se demoram mais tempo.
Encontram mais itens de afinidade.
Me presenteiam com novidades de vida.
Acrescentam tesouros a minha bagagem.
Percebo viajantes quase paralelamente a mim.
Nossos caminhos não se cruzam.
Mostram seus tesouros e desfilam suas vaidades.
Os observo o caminhar, o tamanho de suas bagagens
A quantidade de viajantes que se assemelham
Tiro minhas conclusões,
Aprumo meu pisar e continuo a jornada.
Ao meu lado, muitos seguem comigo
Ou seria, eu com eles?
Nossa bagagem possuem conexões complexas
Uns dando suporte aos outros
O que me intriga, são alguns viajantes que,
Apesar de estarem bem próximos a nós,
Não conseguem nos ver
Nossa bagagem não se afiniza com a deles
Ficamos invisíveis.
Isso me faz pensar
Na quantidade de viajantes que eu não posso enxergar
e que desconheço a forma de o fazer.
Sigo meu caminho procurando aprender...